Em outubro, mês do servidor público, 425 agentes administrativos da Universidade receberam progressão de carreira. O grande volume de progressões resultou do trabalho das equipes da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas durante os últimos dois anos por meio da Progesp Itinerante, que foi até os locais de trabalho levando orientações individualizadas. Além de valorizar quem já está na UEPG, a Reitoria e a Progesp atuaram na conquista de dois concursos históricos. Há poucos dias, em 18 de dezembro, a instituição publicou o edital de abertura de concurso público para docentes, titulares, integrantes da carreira do Magistério Público do Estado do Paraná. São 65 vagas, distribuídas em 56 áreas de conhecimento, com inscrições de 14 de janeiro a 10 de fevereiro de 2026. Outro avanço foi o ingresso de 36 novos profissionais, aprovados em concurso público. Um evento no mês de agosto, com a presença do Secretário Aldo Nelson Bona, marcou o momento histórico: a primeira vez, após 13 anos, que a UEPG realizava um concurso para agentes universitários efetivos: advogados, analistas de informática, assistentes sociais, comunicadores sociais, contadores, engenheiros civis, engenheiros eletricistas, médico, médico do trabalho, nutricionista e psicólogos.
Durante o ano, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) se tornou parceira na implantação do Laboratório do Leite no maior Parque Tecnológico da Cadeia do Leite no Brasil, em Castrolanda, município de Castro, um investimento de R$ 20 milhões. Os recursos são do Fundo de Ciência e Tecnologia do Estado. “A parceria científica entre empresas e a Universidade é fundamental para o desenvolvimento regional e também para a formação de nossos alunos em uma situação mais próxima do mercado. Esperamos que o conhecimento instalado na Universidade possa impactar na economia local, em setores estratégicos”, enaltece o reitor, professor Miguel Sanches Neto.
Em 15 de dezembro, o vice-reitor da UEPG, professor Ivo Mottin Demiate, recebeu das mãos do vice-governador, Darci Piana, e do secretário de Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani, o título de embaixador da inovação do Paraná. “Fiquei muito feliz do meu nome ter sido indicado, juntamente com outros grandes destaques da comunidade acadêmica, empresarial e política do Estado”, destaca Demiate. Para ele, o prêmio dá visibilidade tanto para a UEPG quanto para Ponta Grossa. “Isso mostra que a região dos Campos Gerais está inserida no contexto de inovação do Estado”, completa.
Durante o ano, duas doações de itens apreendidos pela Receita Federal foram recebidas pela UEPG. A primeira delas, avaliada em R$ 800 mil reais, foi destinada à Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Institucional, Científico e Tecnológico da UEPG (Fauepg) para a realização de um bazar, que aconteceu em novembro. O valor arrecadado foi destinado à assistência estudantil e para o suporte a ações de ensino, pesquisa e extensão. A segunda doação, de R$ 1,5 milhão em produtos apreendidos, foi destinada à modernização dos órgãos e setores da Universidade. Foram equipamentos “escolhidos a dedo”, porque a gente sabe da seriedade da condução da coisa pública aqui dentro da UEPG. São itens de valor considerável, carregados de elevada tecnologia e que eu tenho certeza que serão muito bem utilizados em prol de vários setores desta instituição e especialmente em prol dos estudantes e do atendimento do público”, explicou o delegado Remy Deiab Junior.
Investimento histórico
Em agosto, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) recebeu do Ministério de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o Deputado Federal Aliel Machado, R$ 13.883.548,15, para recuperação e atualização de 35 equipamentos do Complexo de Laboratórios Multiusuários (C-Labmu). Em repasse único da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), esse foi o maior valor, na história, recebido pela instituição na área de pesquisa. A UEPG foi contemplada pela Chamada Recuperação Infra, por meio do Programa Pró-Infra da Finep, em 2023. A partir desse edital, a instituição buscou a viabilização do recurso. Em fevereiro de 2025, Aliel Machado intermediou uma reunião com a Ministra de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Barbosa de Oliveira Santos, em Brasília, para agilizar o repasse dos valores suplementares. Os recursos são provenientes da Finep e serão geridos pela Fundação de Apoio (Fauepg). O investimento permite a atualização do parque de máquinas – a maioria adquiridas há mais de 10 anos.
Duas obras de troca de telhado são destaque entre os órgãos da UEPG que atendem o público infantil, Hospital Materno-Infantil e Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente.
No Caic, a nova estrutura de telhados e passarelas para garantir mais segurança e conforto para a comunidade escolar. Com um investimento de R$ 1.992.155,51 proveniente da Secretaria de Educação do Estado do Paraná (Seed-PR), a obra contempla os telhados de todos os blocos e passagens. Ao todo, a área coberta é de 2.892 metros quadrados. De acordo com o reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto, o investimento na melhoria e qualidade de prédios, também são investimentos em pessoas. “Através do secretário Roni Miranda, a Universidade corrigiu um problema histórico do Caic, que era o vazamento de água dentro das salas e áreas administrativas. Foram R$ 2 milhões que vão dar melhores condições de estudos para as crianças e de trabalho para professores e agentes criando, assim, um ambiente muito mais favorável à aprendizagem. É a gestão da UEPG resolvendo problemas que se alongaram por décadas em nossa instituição”, afirma.
No Humai, o investimento foi de R$ 1,7 milhão feito pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e as obras estão praticamente concluídas. O secretário da Saúde, Beto Preto, destaca o acréscimo enorme de serviços prestados desde a unificação do antigo Hospital da Criança pelo HU-UEPG. Segundo ele, a troca do telhado, viabilizada pela UEPG, é mais uma demonstração de carinho e respeito da Universidade e do Hospital Universitário às crianças de Ponta Grossa. “Viva a UEPG, o HU e o Hospital Materno-infantil! Vamos continuar trabalhando em conjunto com o governador Ratinho Júnior”, finaliza o secretário.
Pelo segundo ano consecutivo, os HU-UEPG bateram o recorde de cirurgias realizadas. Até o mês de novembro de 2025 foram 8.484 procedimentos contra 8.282 em 2024. Entre eles estão todos os procedimentos realizados no HU, além de cesarianas e cirurgias que aconteceram no Hospital Universitário Materno-infantil (Humai). Com o fechamento dos dados de dezembro, mais de 9.000 cirurgias devem ser registradas. Em 2023, foram realizados 7.912 procedimentos cirúrgicos, enquanto que em 2022 foram 7.007. Isso representa um aumento de mais de 21% em três anos.
Entre novembro de 2024 e julho de 2025, um mutirão inédito de cirurgias eletivas de ortopedia reduziu a espera por procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para mais de 300 pessoas. Foram realizadas 306 cirurgias de quadril, joelho e mão: prótese de quadril, prótese total de joelho, lesão ligamentar de joelho, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho e dedo em martelo. “A Universidade Estadual de Ponta Grossa cumpre a sua função social através desse importante mutirão, que muda a vida das pessoas. Alguns pacientes estavam na fila há seis anos e agora já estão de volta com saúde nos seus lares”, comemorou Sanches Neto.
O mutirão integra uma ação do Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, o Opera Paraná, que visa reduzir a espera por cirurgias eletivas. O Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, ressaltou a parceria intersetorial que contribui para a população por meio de ações como o mutirão de ortopedia do HU-UEPG. “É uma grande colaboração desse hospital que é importante para toda a região dos Campos Gerais e para o Estado do Paraná como um todo”, congratulou o Secretário.
A universidade mais acessível do Brasil. Iniciadas em julho de 2024, as obras de acessibilidade da UEPG somam, nos três lotes licitados, R$ 14,2 milhões em 13 conjuntos de edificações, totalizando cerca de 19,3 mil m², com a instalação de pisos antiderrapantes e podotáteis; substituição e instalação de corrimãos; construção de rampas; instalação de plataformas elevatórias; adequação de banheiros para pessoas com deficiência, com instalação de bacias sanitárias acessíveis, torneiras com acionamento automático ou de fácil utilização e sinalização sonora de emergência; instalação de fraldários; mapas de localização e placas de sinalização de ambientes táteis. Os recursos para a obra foram disponibilizados pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), por meio do secretário Aldo Nelson Bona.
“Se queremos ser inclusivos no ingresso dos estudantes, também precisamos ser inclusivos em sua permanência. Por isso, agradeço imensamente o esforço do professor Aldo para transformar nossa universidade e aproximá-la da comunidade, em um trabalho invejado por todo o Brasil”, exalta o reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto, que destaca a confiança e o apoio ao trabalho da Seti na condução do ensino superior paranaense.
Para 2026, duas obras de eficiência energética vão melhorar as condições ambientais de alunos, professores e servidores. No Campus Centro, será feita a substituição de toda a rede elétrica em um investimento de R$ 3,5 milhões. Assim, será possível a climatização dos espaços acadêmicos e administrativos, especialmente diante do elevado nível de ruído oriundo das vias públicas no entorno e das variações climáticas cada vez mais intensas. O projeto prevê, ainda, a instalação de um grupo gerador que permitirá manter o funcionamento de atividades acadêmicas e administrativas em caso de interrupções no fornecimento de energia por parte da concessionária, assegurando, inclusive, a conservação de alimentos no Restaurante Universitário e a segurança da comunidade universitária, especialmente no período noturno. Já no Campus Uvaranas será feita uma modernização e eficientização do sistema de iluminação pública. Com aporte de mais de R$ 800 mil, as luminárias serão substituídas por lâmpadas led, o que garante uma maior luminosidade e tem por objetivo garantir visibilidade para segurança da comunidade acadêmica e demais pessoas que frequentam o campus. Com 1,1 milhão de metros quadrados, o campus Uvaranas é equipado com 1.106 luminárias instaladas em 829 postes.
Um problema crônico de Ponta Grossa está prestes a ser solucionado com o apoio decisivo da Universidade. As obras da nova sede da Polícia Científica (PC), que fica no Campus Uvaranas, estão próximas do fim. Com um investimento de mais de R$ 154 milhões do Governo do Estado, o prédio contará com os serviços do Instituto Médico Legal (IML), um novo Centro de Anatomia, vinculado à UEPG, entre outros. A nova estrutura permitirá que o atendimento à população seja feito de forma completa e adequada em um área total de 2.818,49 m². A sede da PC será composta por salas administrativas, consultórios e área de atendimento ao público, sala de necropsia, salas de exames, sala de câmara fria, salas de apoio técnico, alojamentos e salas de convivência. Já o Centro de Anatomia será composto por salas de aula, auditório, refeitório, salas administrativas e salas de apoio técnico.
Outra estrutura que vai ampliar os atendimentos realizados pelo HU-UEPG será o Ambulatório Médico de Especialidades (AME), o primeiro do Brasil vinculado a uma universidade. Ao lado do HU, o AME vai abrigar diversos consultórios de especialidades, como odontologia, fonoaudiologia, clínica de reabilitação, oftalmologia e otorrinolaringologia. A unidade conta com uma área de 2,9 mil metros quadrados, um investimento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) de cerca de R$ 15 milhões. Serão 19 consultórios e cinco salas de exames, além de uma sala de fisioterapia e outras 15 salas de aula para atividades de formação em parceria com a universidade. Ao todo, os HU-UEPG e o AME terão capacidade para até 13 mil atendimentos mensais.
Modernização
A meta da UEPG é trocar 100% dos computadores das áreas administrativa e de ensino. Para isso, em 2025, a Universidade adquiriu e instalou 640 novos computadores – de mesa e notebooks. Entre 2024 e 2025 mais de mil novos equipamentos foram instalados ou entregues para uso da comunidade universitária.
Outra iniciativa coordenada pela instituição é o Anel de Conectividade. O projeto deve implantar uma rede de alta capacidade, com links de 400 Gbps entre as universidades estaduais do Paraná. Para dar cabo dessa tarefa, em 2025, efetuou contratos de pouco mais de R$ 30 milhões, entre equipamentos de rede para links de longa distância, roteadores de alta capacidade de transporte de dados e infraestrutura de rede de fibra ópticaótica por todo o Estado. Os primeiros links de 400 Gbps serão implantados em Março de 2026.
O Planetário mais moderno do Brasil foi licitado pela UEPG. Ele será construído no Parque da Ciência Newton Freire Maia, em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba e servirá a todas as universidades estaduais do Paraná. A instituição, com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Fundação Araucária e Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), coordenou o processo de compra da tecnologia, que totaliza cerca de R$ 37 milhões.
Novos cursos
Em fevereiro de 2025, a UEPG realizou um Vestibular especial para selecionar estudantes das primeiras turmas dos novos cursos de Psicologia e Arquitetura e Urbanismo, com 40 vagas para cada um. Além dessas duas graduações, o curso de Nutrição também teve a primeira turma cursando durante esse ano. “É uma conquista para a Universidade, mas também para os paranaenses, visto que os cursos foram criados para atender os pedidos da comunidade”, comemora Miguel Sanches Neto.
Internacionalização
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) cresce enquanto espaço para produção de conhecimento. É o que aponta o novo Ranking Universidades do Mundo da Times Higher Education (WUR THE 2026), divulgado em outubro de 2025, que coloca a instituição em primeiro lugar entre as universidades estaduais do Paraná na categoria Ambiente de Pesquisa. A UEPG, por meio do Escritório de Relações Internacionais, inicia 2026 com 80 termos de cooperação assinados com universidades do mundo todo. Isso contribui para que os atuais 41 alunos em situação de mobilidade internacional continuem sendo destaque na instituição, que teve um novo crescimento no índice Perspectivas Internacionais do ranking da revista Times Higher Education (THE).
Em 2025, a Universidade, que é reconhecida entre as melhores do Brasil e da América Latina, demonstrou que continua investindo em pessoas, infraestrutura e serviços que a consolidam como a instituição de ensino de maior impacto regional e, no ano que vem, como o maior complexo de saúde do Paraná.
Texto: Luciane Navarro e Tierri Angeluci Fotos: Aline Jasper, Érica Fernanda e